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Maioria das decisões cotidianas

 são tomadas pelo subconsciente

 

 

 

 

 

 

Artigo 2

Ciência
Maioria das decisões cotidianas são tomadas pelo subconsciente
The New York Times
Sandra Blakeslee

Jogar compulsivamente; assistir eventos esportivos; dar trotes no telefone; investir assiduamente no mercado de ações. Estas atividades aparentemente não têm muita coisa em comum. Entretanto, os neurocientistas descobriram um fio que as conecta.

Estes comportamentos são possíveis graças a circuitos cerebrais desenvolvidos para auxiliar os animais a identificar recompensas relevantes para sua sobrevivência, como o sexo e o alimento. Pesquisadores descobriram que esses mesmos circuitos são empregados pelo cérebro humano para identificar recompensas sociais tão diversas entre si como lucros com investimentos e um gol aos 44 minutos do segundo tempo.

E para a surpresa de muitos, os cientistas descobriram que os sistemas cerebrais responsáveis pela detecção e avaliação destas recompensas geralmente operam fora da esfera da consciência. Quando investigam o mundo e buscam algo recompensador, os humanos agem mais como zumbis do que como seres pensantes.

 


As descobertas, que contam com apoio cada vez maior entre neurocientistas, contestam a idéia de que as pessoas sempre fazem escolhas conscientes acerca daquilo que querem e de como desejam alcançar suas metas. Na verdade, grande parte daquilo que se passa no cérebro tem lugar fora da esfera da consciência.

A idéia já estava presente em Freud, afira o Doutor Gregory Berns, um psiquiatra da Escola de Medicina da Universidade Emory, em Atlanta. Os psicólogos estudaram o processamento inconsciente da informação relativos a efeitos subliminares, memória e aprendizado, e começaram a mapear quais partes do cérebro estariam envolvidas neste processamento. Mas só agora eles notaram como de que maneira estes diferentes circuitos interagem.

"Suspeito de que a maior parte das decisões são tomadas de modo subconsciente, com diversas gradações de consciência", disse Berns. "Por exemplo: sei vagamente como cheguei hoje ao trabalho. Mas a consciência parece estar reservada para coisas mais importantes".

O Doutor P. Read Montague, um neurocientista da Faculdade de Medicina Baylor, afirma que a idéia de que as pessoas podem chegar ao trabalho com uma espécie de "piloto-automático" levanta duas questões: como o cérebro sabe a quais coisas deve dar atenção? E de que maneira a evolução criou um cérebro capaz de fazer tais distinções?

A resposta ensaiada a partir de testes com animais e seres humanos é que o cérebro desenvolveu para adequar-se, desde a infância, ao que encontra no mundo exterior.

Como explica Montague, boa parte do mundo é previsível: os prédios geralmente permanecem no mesmo lugar, a força da gravidade faz com que os objetos caiam, a luz em um ângulo oblíquo cria sombras compridas, e daí por diante. À medida que a criança cresce, o cérebro constrói modelos internos para tudo aquilo que encontra, e gradualmente vai aprendendo a identificar objetos e prever como eles se movem no espaço e no tempo.

À medida que novas informações chegam do mundo exterior, o cérebro automaticamente as compara com aquelas que ele já possui. Se elas coincidem ­ como ocorre quando as pessoas passam diariamente por um mesmo trajeto ­ acontecimentos, objetos e a passagem do tempo podem não chegar à esfera da consciência.

Mas se há uma surpresa ­ um carro que passa o sinal vermelho ­ o descompasso entre o que era esperado e o que ocorre naquele instante lança o cérebro em um novo estado. Um circuito cerebral encarregado da tomada de decisões é ativado, novamente fora da esfera da consciência. Com o auxílio de experiências passadas, toma-se uma decisão: pisar no freio, virar a direção ou seguir adiante. Apenas um ou dois segundos depois, quando as mãos e os pés já iniciaram a decisão eleita, surge a sensação de se ter tomado uma decisão.

Montague estima que 90% das ações cotidianas das pessoas são executadas por esta espécie de sistema automático e inconsciente que possibilitou a sobrevivência dos seres vivos.

Os animais utilizam estes circuitos para saber o que devem esperar, o que devem ignorar e o que vale a pena aprender. Os seres humanos os utilizam para as mesmas finalidades que, em função da cultura e de um cérebro maior, incluem ainda ouvir música, comer chocolate, avaliar a beleza, jogar, investir em ações e consumir drogas ­ tópicos que foram estudados no ano passado com máquinas que filam o cérebro e medem diretamente a atividade dos circuitos cerebrais humanos.

Os dois circuitos que foram estudados mais detalhadamente estão relacionados ao modo como animais e seres humanos identificam recompensas. Em ambos está presente um elemento químico chamado dopamina. O primeiro circuito, localizado na região média do cérebro, auxilia animais e humanos a identificar instantaneamente a presença ou ausência de recompensas.

O circuito foi descrito detalhadamente há vários anos por Wolfram Schultz, um neurocientista da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Ele averiguou a produção de dopamina no cérebro de um macaco e fez testes com diversos tipos de recompensa ­ geralmente doses de suco de maçã que o animal gostava de beber.

Schultz verificou que quando o macaco recebia mais suco do que esperava, a dopamina invadia vigorosamente os neurônios. Quando o macaco ingeria a quantidade esperada de suco, com base em doses anteriores, a dopamina não aparecia. E quando o macaco esperava receber um pouco de suco e não recebia nada, a dopamina caía, como uma espécie de sinal da ausência de recompensa.

 

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Cientistas acreditam que este sistema de dopamina está constantemente fazendo previsões sobre o que deve esperar em termos de recompensa. O aprendizado ocorre somente quando algo inesperado ocorre e as taxas de dopamina caem ou sobem. Quando nada de extraordinário ocorre ­ como a série regular de doses iguais de suco de maçã ­ o sistema da dopamina permanece inalterado.

Nos animais, diz Montague, estes sinais de dopamina do mesencéfalo são enviados diretamente para regiões do cérebro que iniciam os movimentos e o comportamento. Essas regiões do cérebro definem como conseguir mais suco de maçã ou ficar ali no mesmo lugar sem fazer nada. Nos humano, porém, o sinal da dopamina também é enviado a uma região mais elevada do cérebro, chamada córtex frontal, para um processamento mais elaborado.

Jonathan Cohen, um neurocientista de Princeton, estuda uma parte do córtex frontal chamado cingulata anterior, localizada logo atrás da testa. Esta parte do cérebro encarrega-se de várias funções, afirma Cohen ­ entre elas a detecção de erros e contradições no fluxo de informações que é processado automaticamente.

Experimentos com imagens cerebrais começam agora a revelar que quando uma pessoa recebe uma recompensa inesperada ­ o equivalente a uma grande dose de um delicioso suco de maçã ­ mais dopamina chega à cingulata anterior. E quando uma pessoa aguarda uma recompensa e a recebe, a cingulata anterior permanece inalterada.

Quando as pessoas aguardam uma recompensa e não a recebem, o cérebro necessita de uma forma para registrar o fato de que falta algo, de modo que possa reajustar as expectativas para eventos futuros, afirma Cohen. Tal como nos macacos, os neurônios de dopamina se projetam para áreas que planejam e controlam movimentos, ele diz. Oscilações de dopamina fazem com que as pessoas se levantem de suas camas e façam coisas sem que haja uma determinação da consciência desperta.

Tradução: André Medina Carone

 

 

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